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#113: Ferrogrão impactará 48 povos indígenas na região da Amazônia
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O Programa Ambiente é o Meio entrevistou Telma Monteiro, blogueira de questões ambientais, ativista e ambientalista. O assunto foi o plano de implementação da ferrovia que pretende ligar Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, no sul do Pará, com o objetivo de melhorar a capacidade de transporte de grãos e suportar o aumento da economia do setor na região.
Telma nasceu em São Paulo e diz ter herdado o ativismo ambiental de seu avô. Conta que iniciou a luta em uma ação contra uma linha de transmissão na região de Juquitiba que, dentre outros motivos, passava por cima de uma aldeia indígena. “Daí eu não parei mais. De linha de transmissão passei para hidrelétricas, mineração, agora as ferrovias”, afirma.
As discussões sobre a Ferrogrão correm desde o governo de Dilma Rousseff. Com quase mil quilômetros de extensão, o trajeto deve afetar 48 povos indígenas, atravessando a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará. “A ideia é de que a ferrovia evitaria o tráfego de caminhões e, portanto, as emissões de CO2”, explica. A ambientalista, contudo, rechaça a justificativa do projeto e questiona os objetivos a longo prazo, ao relembrar a estimativa de tempo para a conclusão das obras: mais de 20 anos.
“Ninguém aqui tem nada contra as ferrovias, desde que não cortem a Amazônia e nenhum bioma, nenhuma terra protegida, nenhuma terra indígena, certo? Mas o problema é que essa vai fazer isso”, contextualiza. Segundo ela, outro ponto que não é abordado em nenhum momento pelo projeto seria a utilização da ferrovia para transporte de minérios, já que a Ferrogrão deve atravessar a Província Mineral do Tapajós, aumentando o risco de intensificação da exploração de minérios na região.
Portanto, para a ativista, a discussão do plano ficar a cargo do Ministério dos Transportes e não do Ministério do Meio Ambiente também é um erro. Acentua, ainda, que a pasta de Renan Filho está empenhada “em viabilizar todos esses projetos”.
276 ตอน
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Telma nasceu em São Paulo e diz ter herdado o ativismo ambiental de seu avô. Conta que iniciou a luta em uma ação contra uma linha de transmissão na região de Juquitiba que, dentre outros motivos, passava por cima de uma aldeia indígena. “Daí eu não parei mais. De linha de transmissão passei para hidrelétricas, mineração, agora as ferrovias”, afirma.
As discussões sobre a Ferrogrão correm desde o governo de Dilma Rousseff. Com quase mil quilômetros de extensão, o trajeto deve afetar 48 povos indígenas, atravessando a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará. “A ideia é de que a ferrovia evitaria o tráfego de caminhões e, portanto, as emissões de CO2”, explica. A ambientalista, contudo, rechaça a justificativa do projeto e questiona os objetivos a longo prazo, ao relembrar a estimativa de tempo para a conclusão das obras: mais de 20 anos.
“Ninguém aqui tem nada contra as ferrovias, desde que não cortem a Amazônia e nenhum bioma, nenhuma terra protegida, nenhuma terra indígena, certo? Mas o problema é que essa vai fazer isso”, contextualiza. Segundo ela, outro ponto que não é abordado em nenhum momento pelo projeto seria a utilização da ferrovia para transporte de minérios, já que a Ferrogrão deve atravessar a Província Mineral do Tapajós, aumentando o risco de intensificação da exploração de minérios na região.
Portanto, para a ativista, a discussão do plano ficar a cargo do Ministério dos Transportes e não do Ministério do Meio Ambiente também é um erro. Acentua, ainda, que a pasta de Renan Filho está empenhada “em viabilizar todos esses projetos”.
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